26 de ago. de 2009

Rede




No Orkut te vi
Eu e Vc
Interessei em ouvir
Saber sobre te
Em meio às duvidas
Te escrevi, recolhi
Que surpresa te ler, ouvir.


Numa escrita percebi, confundi.
Em meio às palavras me perdi
Te segui, e descobri
O sentimento real, meio virtual.
Encontro marcado

Realidade total,
Pessoa especial
Culto inteligente,
Um homem decente
Do seu ato consciente
Envolvente




Sentir-me uma adolescente
Fez-me crente da descrença
Em metade conquistada
Confiança registrada
Não é sentimento banal
Estamos ha tempos
Enamorados real
 Leila

A Parceira


(um poema em homenagem a professora Drª Inês)

A Parceira
Ouvinte atenta
De comentários
Aos cantos e recantos
Meio às vozes







Formei o perfil
Em mente demente
Fugi, reagi,
Cruzei caminhos
Atalhos cortei, te evitei





Um dia ao ouvir-te
Me encantei dos atalhos voltei
Enfrentei, derrubei barreiras.
Ensurdeci , desmenti
Encontrei a parceira
A professora guerreira






Em sábias palavras
Desconstruiu a idéia
Em fadigas ás verdades
Ditas por Beneditas, afroditas
Diante e distante de te.
Você ensinou-me caminhos
Caminhos de luz


Do saber não sábio
Dos livros em gaiolas
Aquários da vida
Às vezes perdida
Na ignorância, arrogância.
Implicância dos retrógrados
Leituras em escrituras
Difícil em cifras e decifras





Segurei firme nas mãos
A mim estendidas
Por te, e a te agradeço
E ofereço o meu abraço
Mais uma vez Inez






Obrigado , muito obrigado professora
Você será eterna em minha memoria

21 de ago. de 2009

A Boneca (Olavo Bilac)

A Boneca



Deixando a bola e a peteca Com que inda há pouco brincavam, Por causa de uma boneca, Duas meninas brigavam. Dizia a primeira: "É minha!" — "É minha!" a outra gritava; E nenhuma se continha, Nem a boneca largava. Quem mais sofria (coitada!) Era a boneca. Já tinha Toda a roupa estraçalhada, E amarrotada a carinha. Tanto puxaram por ela, Que a pobre rasgou-se ao meio, Perdendo a estopa amarela Que lhe formava o recheio. E, ao fim de tanta fadiga, Voltando à bola e à peteca, Ambas, por causa da briga, Ficaram sem a boneca...





A pombinha da mata - Cecilia Meireles

A pombinha da mata





Três meninos na mata ouviram uma pombinha gemer.






"Eu acho que ela está com fome",
disse o primeiro, "e não tem nada para comer."






Três meninos na mata ouviram uma pombinha carpir.






"Eu acho que ela ficou presa",
 disse o segundo, "e não sabe como fugir."






Três meninos na mata ouviram uma pombinha gemer.




"Eu acho que ela está com saudade",


 disse o terceiro, "e com certeza vai morrer."

Bombonilando

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Bombonilando
Bonila incentiva,
instiga Acata idéias, diverge
O público alheio está
Alheio ás informações





Das virtudes virtuais
Da educação contemporânea
Da comunicação instantânea
É a tal da inclusão e excluídos
Esses terão que incluir.
Mãos ao mouse!
Olho na tela!
Ouvido atento!





Desconcentrou? Bombeou!
-Bonilla! Bonila! Bonila!
Ela rodopia como rodeio da carretilha,
skate, patins, sei lá,
é tanta modernização
Bonilla cansada,
incrédula, ciente
Segue em frente
Domina o território
e seu povo






Bamboleia. Não perde o jogo
Jogo de cintura, das idéias,
da tolerância.
Informa
Está difícil?
Que nada!
Só precisa de interação,
atenção
Formar comunidades
Mudar sociedades
Quebrar barreiras





Conhecer gente de conhecimentos
Diferenciar o não presencial
O sentimento, a imaginação
Abrir janelas, links
Seguir atalhos.
Entrar nos chats
Isso é atualização.







É especial!
Confirma ela
e outros através dela
Bauman,Tõnnies. Lemos,
Lévi Todos do Ciberespaço,
novos intelectos
Outras realidades – MUDs, WELL
agregações comunitárias, eletrônica.







Hiper textos dos blogs e blogueiros
Como se um formigueiro fosse
No sentido de parceiro
Conecta, expande,
Convida







Você recua,
receia, conceitua
Numa frase momentânea,
explode a idéia Não é fácil,
a educação contemporânea.
Ufa!










poema em homenagem a profª Bonila ( UFBA)
Vera Lúcia Vasconcelos Pereira
Explicando o título:
Bombom-guloseima com recheios para serem saboreados
Relação com a atividade-bombons= os cursistas
Recheios=ensinamentos de Bonilla
Guloseimas-saboreadas pelos alunos o compartilhar
Bolinar-ato de exprimir o que sabe com prazer

O mosquito escreve

O mosquito escreve






O mosquito pernilongo trança as pernas
 faz um M, depois, treme, treme, treme,
 faz um O bastante oblongo, faz um S.





O mosquito sobe e desce.
 Com artes que ninguém
 vê, faz um Q, faz um U, e faz um I.






Este mosquito esquisito cruza as patas,
 faz um T.
 E aí, se arredonda
 e faz outro O, mais bonito.








Oh! Já não é analfabeto, 
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.








Mas depois vai procurar alguém 
que possa picar,
pois escrever cansa,
 não é, criança?




E ele está com muita fome.


Cecilia Meireles

Sonhos da menina (Cecília Meireles)

Sonhos da menina


A flor com que a menina sonha 
 está no sonho? ou na fronha?







Sonho risonho:





O vento sozinho no seu carrinho.



De que tamanho seria o rebanho?





A vizinha apanha a sombrinha de teia de aranha . . 


.




Na lua há um ninho de passarinho.









A lua com que a menina sonha
é o linho do sonho ou a lua da fronha?



PARÊMIA DE CAVALO (Carlos Drummond de Andrade)


PARÊMIA DE CAVALO


Cavalo ruano corre todo o ano





Cavalo baio mais veloz que o raio





Cavalo branco veja lá se é manco





Cavalo pedrês compro dois por mês





Cavalo rosilho quero com filho





Cavalo alazão a minha paixão
Cavalo inteiro amanse primeiro





Cavalo de sela mas não pra donzela





Cavalo preto chave de soneto





Cavalo de tiro não rincho, suspiro





Cavalo de circo não corre uma vírgula






Cavalo de raça rolo de fumaça







Cavalo de pobre é vintém de cobre



Cavalo baiano eu dou pra fulano
Cavalo paulista não abaixa a crista






Cavalo mineiro dizem que é matreiro





Cavalo do sul chispa até no azul





Cavalo inglês fica pra outra vez.





Carlos Drummond de Andrade