13 de mai. de 2015

O VESTIDO DE LAURA – CECÍLIA MEIRELES

O VESTIDO DE LAURA – CECÍLIA MEIRELES
Retirada do site
http://www.dihitt.com.br/noticia/o-vestido-de-laura-1

O vestido de Laura

É de três babados,
Todos bordados.
O primeiro, todinho,
Todinho de flores
E de muitas cores.
No segundo, apenas
Borboletas voando,
Num fino bando.
No terceiro, estrelas,
Estrelas de renda
- talvez de lenda...
O vestido de Laura
Vamos ver agora,
Sem mais demora!
Que estrelas passam,
Borboletas, flores
Perdem suas cores.
Se não formos depressa,

Acabou-se o vestido

Todo bordado e florido!

8 de mai. de 2015

O riso daquele que te fez ri

O riso daquele que te fez ri
(Para você Geninho)

Contos 
Encantos
Alegrias fluem.
É a luz!
Cantos regem
Brilhos trazem.
Em meios turbulentos
Tristezas vão.
É uma magia!
Expressão sublime
Amizade ingênua.
Admiração cativa.
Aos meus olhos
O  recheio.
Do bolo sem receita.
Receita mágica
Em palavras, gestos .
Que a ti envolve
E envolto fica.
Que faz sonhar
Presente memória
Daquele que ri
E te faz ri

Autora- Vera Vasconcelos


3 de nov. de 2013

Aos meus mestres


Esse poema foi inspirado em meus professores da faculdade que muito contribuíram para meu aprendizado




Aos meus mestres



Na incerteza e esperança
Nos sonhos e acordar
Nos encontros e desencontros
Nos acertos e desacertos
Na dúvida e procura
Na angústia e conquista
No medo e coragem
Na alegria e tristeza
Na encanto e desencanto
Na timidez e expressão
No lembrar e esquecer
No cansaço e luta
No olhar e não enxergar
No ler e não entender
Na fala calada e angustiada
Na alegria e euforia
Vocês estiveram presentes
Pacientes e cientes,
Intransigentes, às vezes.
E acreditaram
Com saudade e um aperto no peito
Obrigado(a),


Vera Lúcia Vasconcelos

2 de nov. de 2013

Mães





(Que mãe voce é?)


Mãe que entende

Sofre, chora

Mãe que pare,
aborta

E dorme

O sono dos justos

Nos injustos

Sofrimentos 

Mãe que expõe,

Impõem regras

Sem regras do amor

Do carinho, do olhar

E da compreensão.

Mãe que educa

No abraço,
no diálogo

No olhar 

Sem gritos 

Sem choro 

Só ensinamentos

Dos olhares 
E acalentos

Diálogos
Afetos
e abraços


Eu Vera Paiva

22 de dez. de 2009

Dádiva de Deus



Dádiva

Luz dos olhos meus

Seu sorriso meu riso

Teu choro

Minhas lágrimas

Às vezes calada

Tua alegria

Em fantasia

Fortalece

Em Demasia

Meus sonhos de romaria

Vivo em tudo

No teu mundo

E contigo sigo

Com esperança

Te ver e Viver

Como criança

 ( Vo Vera)

13 de set. de 2009

O Bailar Das Palavras




O Bailar Das Palavras

Chega Lícia
Ar risonho, jeito humilde
Admirada? Não sabia.
Faz uso da palavra
Escrita, falada, acatada
Cativa, aprecia...
Palavras graciosas, reflexivas
Ressoam
O grupo cansado acorda
O dia foi árduo!
Lícia traz o reânimo
Traz consigo cantores, atores,
Artistas
Cantando, falando
Que cantam e encantam.
O público apático reage
Faz parte de seu show.
Alguns dançam, outros curtem
Calados na fala.
Lícia provoca, pergunta
A voz não sai, mas entra na dança
Ajuda a cantar.
Lícia brinca com nomes
Que marcam, demarcam, registram.
O ambiente sem desiguladade
Lícia voa, revoa, faz voar
Palavras, fatos, relatos
Apresenta pessoas;
Neruda, Bartolomeu, gil - brio.
Veríssimo, Foucombert, Maurício, ofício
Palavras sábias, e louva!
Louva a coragem, confiança,
interesses, vontades.
Louva idéias escritas, faladas
Cantadas.
Lícia ciente avança
Explana na voz e na escrita
Desafia, tece, desata nós
sem sensura
Instiga o grupo à fala
Calada ,medrosa, presa
Dá receitas de recheios
Receitas de sons simultâneos
Dos brios, dos saberes.
Outros convidados reforça
Fala com ela e atrvés dela,
Poderosas sábias palavras!
Interage o público
Dessa vez mais solto
Ressoam nas falas, a escrita
Com brilho, paixão,
Atenção.
Fisionomias agora sem cansaço
Em conto de fadas surgem.
Os cantos que encantam, dançam
Num contexto aconchegante.
Se abraçam, entrelaçam,
Tropeçam , levantam, cantam.
Comandam escrita das idéias,
Escritas testemunham falas.
Outdoor, panfletos, convites
Propagam, animam, convidam
É uma tentação!
As palavras mexem, remexem, renascem,
Os jornais, revistas noticiam.
A festa é de arromba!
-Som na caixa mané!
A banda toca, todos dançam
Cantam e encantam
Com palavras em concertos excetos!
Vera vasconcelos

"Quase Tudo " ( Danuza Leão)



Danuza Simplesmente

Itaguaçu, Espírito Santo.
Nasce Danuza, a mulher.
Mulher de vida vivida
De glórias, glamour, tristezas,
Alegrias, romances e dor.
Na família, a estranheza.
O padrão não é comum
Vivendo num lar sem laços,
Sem afagos, sem abraços!
Mulher espetacular!
Extraordinária, mulher!
Enfrentou desafios,
Quebrou preconceitos
De uma época de omissões,
Mulheres sem aptidões.
sem ações.
Seus desejos e ensejos
a passos seguidos,
Mal vistos. erguidos
Quinze anos, a independência.
Aos dezoito é modelo
A primeira, no cenário brasileiro.
Viajou o mundo,
Conheceu castelos.
Viveu os anos dourado
Do bolero à bossa nova
Enfeitiçou olhos,
Delirou paixões.
Conheceu gente, fez amigos:
Do Brasil ao ocidente
Da burguesia à nobreza
Poucos foram os confidentes
Não esqueceu suas raízes
Sua terra, sua gente.
Danuza! Simplesmente, Danuza
Viveu a Ipanema, Copacabana,
A urgia.
Na Bahia a calmaria
ACM descrevia - amigo fiel;
quem diria?
Representa as Marias
Nas suas coragens,
Fraquezas e ousadias.
Foram três casamentos:
Wainer, Antonio e Renato.
Homens intelectuais.
Namorados? Foram vários,
Casos eventuais, banais.
Amigos da Honda, onda:
Amigos de fé camaradas
Vinicius, Di Ccalcanti, Sabino.
Lily, Horácio, e outros tantos.
Defende o amor,
A fidelidade com fervor
Presenciou a ditadura
Contestou com amargura
O Brasil e sua história.
Seus amigos sendo presos
Sendo expulso seu esposo
Filhos sem pátria sem lar.
Setor público fez análise
É um saco! Sem pudor!
O andamento do Brasil
Só para a burguesia.
Para mudar o cenário
Só uma bomba e gritaria:
Chega! Queremos a democracia
Período de trevas se inicia
Jornais, televisão anuncia;
Dores, saudades, amores!
Aqui jaz!
Samuel - seu ex, amigo,
Companheiro.
Jairo seu pai é suicida
Nara irmã, desiludida.
Rumores, temores! É a morte!
Sammuca, filho amado,
Anunciado o acidente, é fatal!
È dor! É saudade! É maldade!
Na correnteza se afoga,
Amordaça.
Revoga, pede socorro!
Vive momentos de terror
Cabeça erguida, testa franzida.
Continua! É a vida!
Um parêntese, ela abre,
Fala da vida escolar
Não aprofunda nos estudos
No colégio não ficou.
Das matérias estudadas,
Só do violão gostou
Aprendeu a ler lendo
E um livro lhe marcou
“O livro dos insultos”
Henri Louis é o autor
Na frase se inspirou
‘Não ensine a criança
Somente a escrever,
Ensine o pensar
E importante saber ler’.
Cinco livros publicou.
De colunista social.
Até cronista virou
Seu destino é traçado
Não caiu com o fracasso
Coração em estilhaço
Com cara de um palhaço,
Retoma sua posição,
Festa, muita trepidação.
Agora com outro olhar
Coração sem palpitar.
Para saber da história
Leia agora Quase tudo
O livro de aventuras
De uma musa brasileira
Que viveu a luxúria,
Decadências e vitórias
Vera Vasconcelos