22 de dez. de 2009

Dádiva de Deus



Dádiva

Luz dos olhos meus

Seu sorriso meu riso

Teu choro

Minhas lágrimas

Às vezes calada

Tua alegria

Em fantasia

Fortalece

Em Demasia

Meus sonhos de romaria

Vivo em tudo

No teu mundo

E contigo sigo

Com esperança

Te ver e Viver

Como criança

 ( Vo Vera)

13 de set. de 2009

O Bailar Das Palavras




O Bailar Das Palavras

Chega Lícia
Ar risonho, jeito humilde
Admirada? Não sabia.
Faz uso da palavra
Escrita, falada, acatada
Cativa, aprecia...
Palavras graciosas, reflexivas
Ressoam
O grupo cansado acorda
O dia foi árduo!
Lícia traz o reânimo
Traz consigo cantores, atores,
Artistas
Cantando, falando
Que cantam e encantam.
O público apático reage
Faz parte de seu show.
Alguns dançam, outros curtem
Calados na fala.
Lícia provoca, pergunta
A voz não sai, mas entra na dança
Ajuda a cantar.
Lícia brinca com nomes
Que marcam, demarcam, registram.
O ambiente sem desiguladade
Lícia voa, revoa, faz voar
Palavras, fatos, relatos
Apresenta pessoas;
Neruda, Bartolomeu, gil - brio.
Veríssimo, Foucombert, Maurício, ofício
Palavras sábias, e louva!
Louva a coragem, confiança,
interesses, vontades.
Louva idéias escritas, faladas
Cantadas.
Lícia ciente avança
Explana na voz e na escrita
Desafia, tece, desata nós
sem sensura
Instiga o grupo à fala
Calada ,medrosa, presa
Dá receitas de recheios
Receitas de sons simultâneos
Dos brios, dos saberes.
Outros convidados reforça
Fala com ela e atrvés dela,
Poderosas sábias palavras!
Interage o público
Dessa vez mais solto
Ressoam nas falas, a escrita
Com brilho, paixão,
Atenção.
Fisionomias agora sem cansaço
Em conto de fadas surgem.
Os cantos que encantam, dançam
Num contexto aconchegante.
Se abraçam, entrelaçam,
Tropeçam , levantam, cantam.
Comandam escrita das idéias,
Escritas testemunham falas.
Outdoor, panfletos, convites
Propagam, animam, convidam
É uma tentação!
As palavras mexem, remexem, renascem,
Os jornais, revistas noticiam.
A festa é de arromba!
-Som na caixa mané!
A banda toca, todos dançam
Cantam e encantam
Com palavras em concertos excetos!
Vera vasconcelos

"Quase Tudo " ( Danuza Leão)



Danuza Simplesmente

Itaguaçu, Espírito Santo.
Nasce Danuza, a mulher.
Mulher de vida vivida
De glórias, glamour, tristezas,
Alegrias, romances e dor.
Na família, a estranheza.
O padrão não é comum
Vivendo num lar sem laços,
Sem afagos, sem abraços!
Mulher espetacular!
Extraordinária, mulher!
Enfrentou desafios,
Quebrou preconceitos
De uma época de omissões,
Mulheres sem aptidões.
sem ações.
Seus desejos e ensejos
a passos seguidos,
Mal vistos. erguidos
Quinze anos, a independência.
Aos dezoito é modelo
A primeira, no cenário brasileiro.
Viajou o mundo,
Conheceu castelos.
Viveu os anos dourado
Do bolero à bossa nova
Enfeitiçou olhos,
Delirou paixões.
Conheceu gente, fez amigos:
Do Brasil ao ocidente
Da burguesia à nobreza
Poucos foram os confidentes
Não esqueceu suas raízes
Sua terra, sua gente.
Danuza! Simplesmente, Danuza
Viveu a Ipanema, Copacabana,
A urgia.
Na Bahia a calmaria
ACM descrevia - amigo fiel;
quem diria?
Representa as Marias
Nas suas coragens,
Fraquezas e ousadias.
Foram três casamentos:
Wainer, Antonio e Renato.
Homens intelectuais.
Namorados? Foram vários,
Casos eventuais, banais.
Amigos da Honda, onda:
Amigos de fé camaradas
Vinicius, Di Ccalcanti, Sabino.
Lily, Horácio, e outros tantos.
Defende o amor,
A fidelidade com fervor
Presenciou a ditadura
Contestou com amargura
O Brasil e sua história.
Seus amigos sendo presos
Sendo expulso seu esposo
Filhos sem pátria sem lar.
Setor público fez análise
É um saco! Sem pudor!
O andamento do Brasil
Só para a burguesia.
Para mudar o cenário
Só uma bomba e gritaria:
Chega! Queremos a democracia
Período de trevas se inicia
Jornais, televisão anuncia;
Dores, saudades, amores!
Aqui jaz!
Samuel - seu ex, amigo,
Companheiro.
Jairo seu pai é suicida
Nara irmã, desiludida.
Rumores, temores! É a morte!
Sammuca, filho amado,
Anunciado o acidente, é fatal!
È dor! É saudade! É maldade!
Na correnteza se afoga,
Amordaça.
Revoga, pede socorro!
Vive momentos de terror
Cabeça erguida, testa franzida.
Continua! É a vida!
Um parêntese, ela abre,
Fala da vida escolar
Não aprofunda nos estudos
No colégio não ficou.
Das matérias estudadas,
Só do violão gostou
Aprendeu a ler lendo
E um livro lhe marcou
“O livro dos insultos”
Henri Louis é o autor
Na frase se inspirou
‘Não ensine a criança
Somente a escrever,
Ensine o pensar
E importante saber ler’.
Cinco livros publicou.
De colunista social.
Até cronista virou
Seu destino é traçado
Não caiu com o fracasso
Coração em estilhaço
Com cara de um palhaço,
Retoma sua posição,
Festa, muita trepidação.
Agora com outro olhar
Coração sem palpitar.
Para saber da história
Leia agora Quase tudo
O livro de aventuras
De uma musa brasileira
Que viveu a luxúria,
Decadências e vitórias
Vera Vasconcelos

26 de ago. de 2009

Rede




No Orkut te vi
Eu e Vc
Interessei em ouvir
Saber sobre te
Em meio às duvidas
Te escrevi, recolhi
Que surpresa te ler, ouvir.


Numa escrita percebi, confundi.
Em meio às palavras me perdi
Te segui, e descobri
O sentimento real, meio virtual.
Encontro marcado

Realidade total,
Pessoa especial
Culto inteligente,
Um homem decente
Do seu ato consciente
Envolvente




Sentir-me uma adolescente
Fez-me crente da descrença
Em metade conquistada
Confiança registrada
Não é sentimento banal
Estamos ha tempos
Enamorados real
 Leila

A Parceira


(um poema em homenagem a professora Drª Inês)

A Parceira
Ouvinte atenta
De comentários
Aos cantos e recantos
Meio às vozes







Formei o perfil
Em mente demente
Fugi, reagi,
Cruzei caminhos
Atalhos cortei, te evitei





Um dia ao ouvir-te
Me encantei dos atalhos voltei
Enfrentei, derrubei barreiras.
Ensurdeci , desmenti
Encontrei a parceira
A professora guerreira






Em sábias palavras
Desconstruiu a idéia
Em fadigas ás verdades
Ditas por Beneditas, afroditas
Diante e distante de te.
Você ensinou-me caminhos
Caminhos de luz


Do saber não sábio
Dos livros em gaiolas
Aquários da vida
Às vezes perdida
Na ignorância, arrogância.
Implicância dos retrógrados
Leituras em escrituras
Difícil em cifras e decifras





Segurei firme nas mãos
A mim estendidas
Por te, e a te agradeço
E ofereço o meu abraço
Mais uma vez Inez






Obrigado , muito obrigado professora
Você será eterna em minha memoria

21 de ago. de 2009

A Boneca (Olavo Bilac)

A Boneca



Deixando a bola e a peteca Com que inda há pouco brincavam, Por causa de uma boneca, Duas meninas brigavam. Dizia a primeira: "É minha!" — "É minha!" a outra gritava; E nenhuma se continha, Nem a boneca largava. Quem mais sofria (coitada!) Era a boneca. Já tinha Toda a roupa estraçalhada, E amarrotada a carinha. Tanto puxaram por ela, Que a pobre rasgou-se ao meio, Perdendo a estopa amarela Que lhe formava o recheio. E, ao fim de tanta fadiga, Voltando à bola e à peteca, Ambas, por causa da briga, Ficaram sem a boneca...





A pombinha da mata - Cecilia Meireles

A pombinha da mata





Três meninos na mata ouviram uma pombinha gemer.






"Eu acho que ela está com fome",
disse o primeiro, "e não tem nada para comer."






Três meninos na mata ouviram uma pombinha carpir.






"Eu acho que ela ficou presa",
 disse o segundo, "e não sabe como fugir."






Três meninos na mata ouviram uma pombinha gemer.




"Eu acho que ela está com saudade",


 disse o terceiro, "e com certeza vai morrer."

Bombonilando

-->
Bombonilando
Bonila incentiva,
instiga Acata idéias, diverge
O público alheio está
Alheio ás informações





Das virtudes virtuais
Da educação contemporânea
Da comunicação instantânea
É a tal da inclusão e excluídos
Esses terão que incluir.
Mãos ao mouse!
Olho na tela!
Ouvido atento!





Desconcentrou? Bombeou!
-Bonilla! Bonila! Bonila!
Ela rodopia como rodeio da carretilha,
skate, patins, sei lá,
é tanta modernização
Bonilla cansada,
incrédula, ciente
Segue em frente
Domina o território
e seu povo






Bamboleia. Não perde o jogo
Jogo de cintura, das idéias,
da tolerância.
Informa
Está difícil?
Que nada!
Só precisa de interação,
atenção
Formar comunidades
Mudar sociedades
Quebrar barreiras





Conhecer gente de conhecimentos
Diferenciar o não presencial
O sentimento, a imaginação
Abrir janelas, links
Seguir atalhos.
Entrar nos chats
Isso é atualização.







É especial!
Confirma ela
e outros através dela
Bauman,Tõnnies. Lemos,
Lévi Todos do Ciberespaço,
novos intelectos
Outras realidades – MUDs, WELL
agregações comunitárias, eletrônica.







Hiper textos dos blogs e blogueiros
Como se um formigueiro fosse
No sentido de parceiro
Conecta, expande,
Convida







Você recua,
receia, conceitua
Numa frase momentânea,
explode a idéia Não é fácil,
a educação contemporânea.
Ufa!










poema em homenagem a profª Bonila ( UFBA)
Vera Lúcia Vasconcelos Pereira
Explicando o título:
Bombom-guloseima com recheios para serem saboreados
Relação com a atividade-bombons= os cursistas
Recheios=ensinamentos de Bonilla
Guloseimas-saboreadas pelos alunos o compartilhar
Bolinar-ato de exprimir o que sabe com prazer